Direitos dos animais

Uma década e alguns meses após o famoso Maio de 68, em que diversos movimentos exigiam maior liberdade e a ampliação dos direitos civis, Paris e o Mundo assistiam a uma nova reivindicação, mas desta vez centrada nos animais.

Esta iniciativa pioneira surgiu não só dos debates filosóficos centrados na Ética, mas também do avanço do conhecimento científico. Com efeito, durante o séc. XX, a ciência revelou-nos que os animais são dotados de impressionantes capacidades cognitivas, têm vidas emocionais ricas, e aquela que é porventura a característica mais importante no debate dos seus direitos – sensibilidade à dor e ao sofrimento. Assim, a 15 de Outubro de 1978, Georges Heuse proclamava na sede da UNESCO, em Paris, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais.

Hoje, como há 45 anos atrás, esta Declaração impele-nos a reflectir sobre a forma como podemos coexistir com os animais, e que tipo de relação queremos estabelecer com eles.

Através deste vídeo, e em conjunto com outras organizações implicadas no bem-estar animal, pretendemos relembrar os direitos inscritos na Declaração, advertir sobre algumas práticas anacrónicas que ainda persistem na sociedade portuguesa, e celebrar alguns avanços legislativos, que tornam o nosso país um lugar mais justo para os animais.